A TSF apurou que os movimentos do aeroporto da Portela estão perto da lotação. Neste Verão partem 37 aviões a cada hora número que, segundo as fontes contactadas, está a perto do limite de lotação (40 slots).
A situação tem-se agravado nos últimos três anos, pese embora a descida de tráfego de Lisboa em 2009. No primeiro dia de Verão, o aeroporto tinha 6,4% de voos em lista de espera, mais seis décimas que no ano passado. Actualmente, estão a aguardar 2525 voos.
Isabel Cysneiros, chefe da coordenação nacional de slots, avisa que o aeroporto está perto de atingir o limite. Isto, segundo dados do Verão. Por outro lado, o presidente da ANA refere que Lisboa pode passar a perder voos para Madrid caso não consiga corresponder às solicitações das companhias aéreas. Ambos concordam que é urgente ter operacional um novo aeroporto na região.
Lisboa é um destino cada vez mais apetecível por companhias aéreas e as autoridades de turismo têm realizado esforços para que oferta seja mais diversa no aeroporto.
Segundo dados recentes, há interesse / negociações para a implementação de bases da easyJet ou mesmo da Ryanair em Lisboa. Mas fica a questão, com base neste “alerta” da TSF, há condições para a Portela ter uma base de uma companhia low cost?
Porque é que os aviões vão ser desviados para Madrid e não para o Porto ou Faro?
É claro que a Portela tem condições ser base LowCost e que o Turismo de Lisboa dadas as circunstâncias em que se chegou muito precisa de uma verdadeira politica de LowCost que não a oficializada pelo actual regime / estratégia de Patron.
Afectem o terminal 2 da Portela às Low Cost (e companhias aéreas de bandeira europeias), as quais pelas suas práticas de operação e gestão irão maximizar as condições que lhe são "oferecidas". Load factor altos, tempos de rotação de cerca 30 minutos, onde idênticos aviões de uma Rya e/ou easy transportarão o dobro dos aviões da TAP.
Sendo a Portela (Ota, ou a Ota em Alcochete) um aeroporto terminal, cedo se irá chegar à conclusão que o Terminal 1 será praticamente exclusivo da TAP, ou de alguma outra operadora (ex.: Continental), que operam para fora do espaço Schengen.
Do acima ficam expurgados os tráfegos (e as águas) entre operadores concorrentes, não sendo muito difícil verificar-se dois cenários completamente distintos:
– Um Terminal 2 pleno de actividade;
– Um Terminal 1 "amorfo", onde para além do negócio aeronáutica estar em "low", o negócio não-aeronáutico (zonas comerciais) vão estar às moscas.
Estando as companhias aéreas de bandeira em clara racionalização de custos, BA, AirFrance com voos vindos de Londres e Paris vão colocar de parte o prestigio dessas cidades em favor dos custos de operação, por isso,…, TERMINAL 2.
Desta possível experiência de Filadélfia, vai-se concluir pela certa de que se iria construir um aeroporto novo de raiz APENAS PARA A TAP, colocando-se a questão: Será que a única empresa que tem HUB em Portugal / Lisboa, irá justificar os custos de um aeroporto novo?
No Porto, a TAP já foi ultrapassada pelas Low Cost, em Faro é residual, e…., lá chegará o tempo em se verá a Rya a voar para o Funchal.
Coloquem pois as Low Cost no Terminal 2 da Portela, afectem as Taxas aos luxos desse Terminal e analisem-se os resultados. Lisboa fica por certo mais a ganhar com as Low Cost dentro da própria capital (com o metro na Portela) do que com uma obra megalómana, a qual como já se disse apenas se irá destinar a um operador.
A
Rui
A
Rui
E Rui como é que aumentas o numero de voos se o numero de slots está perto do limite? Como dizes o turn over das lowcost é mais rápido, mas para isso precisas de mais slots, não?
e já agora sobre a ideia do T2 para as low cost. O terminal só pode passar para outro uso quando a expansão do terminal1 estiver concluída. Precisa-se depois de alterar a estrada para circulação de pessoal de handling que está em frente do terminal. O T2 precisa de poder receber chegadas que não tem actualmente e para receber lowcost precisa de ter uma área não schegen que não tem (e já agora pessoal do sef para a operar)
Acresce o facto de ao contrário do opinião corrente, de que é a TAP a impedir. A tap anda a pedir uma área dedicada no terminal1 para Star alliance há pelo menos 3 anos.
Depois disso e para poderes atribuir o T2 vai ter que se fazer um concurso para atribuição do mesmo a ANA não pode dar um terminal a transportadora que quer,
O terminal2 tem uma capacidade de 2 milhões de passageiros/ano que é menos que os passageiros lowcost no aeroporto de lisboa. Como é que se gere o excesso.
A única com possibilidade de ter uma base na Portela é a Easyjet porque já detém m numero de slots que reaproveita se basear aviões em vez de se por na lista de espera por novos, mas isso não significa que tenha que ser no T2.
Aeroporto de Lisboa presta serviços de qualidade Low Cost as companhias e passageiros, praticando preços (taxas) de um Aeroporto HUB.
Senao vejamos, o Aeroporto de Lisboa oferece um serviço de processamento de malas mediocre. Frequentemente as malas tardam demasiado tempo a chegar ao tapete e para os passageiros em transito a mala nao embarca no aviao seguinte para grande afliçao dos passageiros em transito que pagaram as suas taxas quando compraram o bilhete.
O Aeroporto de Lisboa tem um serviço de estrangeiros e fronteiras que fica cheio com a chegada de uns quantos voos internacionais, fazendo que passageiros em transito percam os voos seguintes.
O Aeroporto de Lisboa recorre frequentemente a autocarros para embarcar os passageiros, ficando muitas vezes os passageiros dentro do Autocarro como sardinhas a espera da autorizaçao para abrir as portas, o que é muito mau para a satisfaçao dos passageiros.
Creio que o Aeroporto de Lisboa sera um otimo terminal Low Cost porque as companhias Low Cost nao precisam de todos estes serviços que o Aeroporto de Lisboa nao consegue oferecer com qualidade.
Nas companhias Low Cost os voos nao teem conexao, os passageiros vao a pe para o aviao e é encorajado o transporte da mala no aviao com taxas sobre as malas de porao e o check-in é feito pela internet.
Pelo que o Aeroporto de Lisboa sera e é ja um otimo Aeroporto Low-Cost que pratica preços de HUB internacional.
Mas o Aeroporto de Lisboa sera sempre um mau Aeroporto para fazer a conexao quer entre voos internacionais, quer entre voos Nacionais e voos Internacionais (que ate implicam mudança de Terminal)
Se alguem pretende que o Aeroporto de Lisboa seja um HUB Internacional entao teem que ser oferecidos serviços com qualidade internacional e para tar é necessario construir um Novo Aeroporto de Lisboa ou reformular profundamente o atual aeroporto.
Para ser mais um Aeroporto terminal como qualquer aerodromo Low-Cost, entao o Aeroporto de Lisboa ate ja é demais para a encomenda.
Em muito agradeço os comentários / observações do Carlos, Helder e Ferreira.
Recorrendo a quem tem mais experiência no sector, com muito material publicado – Martins Pereira Coutinho, um sistema aeroportuário deve obedecer aos seguintes objectivos:
– Prestar serviços eficientes, competitivos e de qualidade, orientados para os clientes;
– Respeitar os requisitos do meio ambiente e os direitos dos passageiros;
-Desenvolver as infra-estruturas e os serviços aeroportuários necessários para dar resposta à duplicação e tráfego prevista a 20 e, por último, MELHORAR A EFICIÊNCIA E A OPTIMIZAÇÃO DE CUSTOS DE TODO O SISTEMA.
* A pista 35 da Portela está encerrada há quase 2 anos sem que ninguém o explique:
* O Aeroporto da Portela está saturado de tráfego aéreo o que é uma falsidade, sendo interessante ver post publicado neste site:
* Já antes de 1970 se procura orientar as consciências de que a Portela está saturada, …, já vão 40 anos:
* Existe possibilidade de expansão da Portela, isto apesar das opções urbanistas no sentido de inviabilizar a POrtela:
* Actualmente a Portela perde tráfego a favor de Porto, e este a favor de Vigo, operando nestes aeroportos a Rya:
* Badajoz está ao "virar da esquina" com todas as possibilidades do TGV em desviarem tráfegos (actuais e futuros) da Portela para Badajoz;
*Com áreas semelhantes à da Portela, outros aeroportos europeus como GATWICK e STANSET movimentaram em 2009 respectivamente 32 milhões e 20 milhões de passageiros. Porém, a Portela apenas movimentou 13 milhões de passageiros, menos 2,6% do que em 2008.
Do conhecimento prático que tenho de Hahn, o Terminal 2 excede as condições de Hahn, o que na gestão de uma Rya coloca qualquer premissa à partida como um dogma.
Um dos principais problemas da Portela, se não o mais importante é a gestão do espaço, havendo por isso lugar a novos desafios e competências, isto independentemente do modelo que se entenda para a ANA – privada ou pública.
Relativamente a Hahn que era uma base aérea Americana situada a 120 km de Frankfurt, vizinha do Luxemburgo e de França, com poucas ou nenhumas condições foram iniciadas as operações.
Para que ganhasse o titulo de Frankfurt, houve vários acordos, entre eles com a camionagem no sentido de permitir a circulação de autocarros para Frankfurt a 120 Km/H, pagando os operadores uma taxa suplementar. O bilhete para Frankfurt é de cerca 12 euros;
Em resultado da procura a este aeroporto foi construído um silo automóvel, havendo inclusivamente um reforço da rede viária (autoestrada) e ferroviária, por forma a dotar Hahn de condições que lhe permitam dar resposta a uma procura sempre crescente.
A Rya tem lá a sua base, não sendo de admirar que os voos do Porto para Hahn cheguem com 30 minutos de antecedência, oferecendo a sensação ao passageiros de que as primeiras tripulações a aterrar são as primeiras a descolar, ou seja, quem mais voa, mais ganha.
A gestão daquele aeroporto quase que se resume a um responsável com meios de comunicação simples que lhe permite gerir todo aquele espaço – sala de embarque, check.
Quem chegar por exemplo a Hahn às primeiras horas da manhã – 5:30 fica simplesmente pasmado pela quantidade de pessoas que recorrem aquele aeroporto vindas de distâncias superiores a 200 km.
É igualmente um aeroporto estratégico para toda uma economia industrial que existe no seu redor, sendo por isso um excelente ponto em termos de carga aérea.
Quanto à Portela e ao turismo de Lisboa a opção das lowcost deve ser estimulada / apoiada dado o retorno que já se verifica por exemplo no Aeroporto de Faro, esse sim um aeroporto com uma matriz de slots no "vermelho".
Coloque-se pois o Terminal 2 em função das LowCost e não o inverso como tem sido até hoje,…, ficando aqui a sugestão, agradecendo aos leitores e ao Pereira Coutinho.
tudo errado Sr. Rui….a Portela já nao tem capacidade para mais aviões (quem não vê não quer).. A pista 35 é cruzada com a 03…portanto não pode ser utilizada em simultaneo com a 03. Os slots (máximo 40) por hora são para o aeroporto inteiro e com 37 o aeroporto está a areebentar pelas costuras. A única solução seria a construção de outra pista…mas onde?? O aeroporto está rodeado por construção ou melhor dito cidade! O Sr. Rui diz que a Portela perde trafego para Porto e Vigo, onde opera a Ryanair – isto é Falso porque a Ryanair nem se quer opera em Vigo!