O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, marcou presença pela primeira vez em Lisboa. Ao seu lado esteve a equipa ibérica de Sales, Marketing e Comunicação: Luís Fernandez-Mellado, Joana Henriques e Daniel de Carvalho.
Em conferência de imprensa informou sobre os planos da companhia para o mercado português (Faro e Porto) e, sobretudo, interrogou a gestão do aeroporto de Lisboa (ANA) sobre o porquê de o Terminal 2 não estar a ser utilizado por low costs… como a Ryanair.
Alguns factos que transpareceram na comunicação:
– “A Ryanair foi responsável por 80% do crescimento de tráfego da ANA no Porto e Faro, fornecendo mais de 590.000 passageiros do total de 740.000 do crescimento de tráfego destes aeroportos no primeiro trimestre semestre de 2011;
– Focou o facto do memorandum de entendimento com a Troika pedir o investimento em companhias low cost e do Turismo de Lisboa exigir mais aviação low cost;
– Michael O’Leary considera que o Terminal 2 é perfeito para ser utilizado pela Ryanair. “Por alguma razão disseram-nos que não na última reunião que tivemos com a ANA”;
– O aeroporto de Lisboa está limitado a 14 milhões de passageiros anuais quando devia conseguir 20 milhões. Não atinge o valor por “não ter companhias low cost”;
– Com uma base em Lisboa, a Ryanair promete o transporte de 3 milhões de passageiros anuais no terceiro ano de operações no Terminal 2;
– Acusou a ANA de bloquear a entrada da Ryanair em Lisboa e de não promover a concorrência. Indirectamente, “supôs” que se esteja a proteger a TAP;
– “A ANA e o turismo português serão beneficiários de uma base Ryanair na capital”. Seriam criados 2.000 postos de trabalho indirectos e 1.000 directos;
– “Quando anunciamos uma base, cumprimos. Não é o caso da easyJet que fez um anúncio há 12 meses e ainda não iniciou operações”;
– “Porto e Faro são a resposta de que podemos crescer um destino. Podemos fazê-lo em Lisboa. Precisamos do apoio do governo para que isso aconteça”;
– “ANA não quer que a Ryanair baseie aviões em Lisboa. As últimas negociações decorreram há 12 meses”;
– “Estamos a perder dinheiro nas bases Porto e Faro. Dentro de 12 a 18 meses iremos obter lucro”;
– “Voar para Beja? Não… porquê se há em excelentes condições em Lisboa?”
– “Lisboa tem a mais baixa taxa de tráfego da União Europeia na comparação de habitantes e passageiros”;
– A Ryanair já é a companhia com mais passageiros transportados na Europa. A próxima meta é atingir 85 milhões de passageiros nos próximos 3 anos;
– “O preço mais baixo vence sempre, o preço mais alto perde” é o actual lema da companhia;
Nada de novo..:(
Ao menos podia vir ao Porto de tarde anunciar novas rotas 🙂
Ele devia era anunciar umas rotas novas aqui para Faro!
ficava mt contente com a ryanair em Lisboa, mas tb ficava mt contente com mais rotas no porto ou com mais frequencias para lille, pois parece que estao acortar alguns dias. parabens ryanair continua assim…
Nos últimos desenvolvimentos de todo este processo onde intervem a ATP, o Turismo de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa (para espanto de todos dada o “alinhamento” do edil pelos terrenos da Portela) surge um estudo da Deloitte, o qual está disponível na net:
http://www.visitlisboa.com/getdoc/2d96a472-47a7-408c-a606-977c0f7ab032/ATL-Plano_Estrategico-2011-2014.aspx
Sendo este estudo resultado de alguns meses de trabalho, ou seja, muito anterior a 5 de Julho de 2011, é curioso que apenas agora tenha aparecido à luz do dia, e por tal facto tenha dado tantos “pruridos”. Mas afinal, segundo declarações do Fernando Pinto, a TAP nunca temeu a concorrencia das Low Cost, muito pelo contrário, sempre a desejou.
Imagino eu que com Luis Patrão e Bernardos Trindades no governo, a divulgação de tal estudo era impossível por se defender monopólios.
Lendo o acordo da “Troika”, não é apenas a privatização da TAP que se pretende (quanto vale hoje a TAP,…,? – ZERO!!!), mas sim para quem o quer entender, a LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO DO TRANSPORTE AÉREO EM PORTUGAL.
E é isso que tanto a “Troika” o diz, o estudo da Deloitte e a ATL.
Entreguem o Terminal 2 às Low Cost, remetam a TAP ao Terminal 1, e iremos ver o “mercado” a funcionar.
A
Rui
PS. É igualmente potenciador da preferência por Lisboa a existencia do Metropolitano. Mas vamos ver quem dele irá tirar mais proveito,…., os clientes é claro.
http://www.lowcostportugal.net/viajar/aeroportos/atl-bases-de-companhias-low-cost-sao-fundamentais-segundo-plano-estrategico-2011-2014/2011/09/ > estudo incluido no post
Atirar à parede para ver se cola é sempre “política”. Porém o T2 já tem “dono”, se quer a Ryanair em Lisboa que “pague a taxa”, para depois não levar o tempo a fazer a típica gestão de destino do “ou é como queremos ou vamos embora”..
Um pouco mais de ética não ficaria nadinha mal de vez em quando..
Este O’Leary é um demagogo e chega a ser ridículo. Ainda bem que a Tyanair não vem para Lisboa. Se querem vir para um aeroporto pricipal, PAGAM o mesmo que os outros e não insultam as outras companhias. A Ryaniar não voa para NENHUM aeroporto principal Europeu e se quer voa PAGA e cala a boca. Felizmente a easyJet tem uma postura completamente diferente e com muito mais nível. Mesmo a nível de emprego, a Ryaniar é uma anedota…exploram, usam e deitam fora e destroem o mercado com tarifas ridículas que, mais tarde ou mais cedo, acabam em muito mais caras e uma péssima aposta e ecolha para o consumidor. FORA COM A RYANAIR DE LISBOA. FORA DAQUI! RUA!
Barajas, El Prat, gatwick ou Dublin devem ser barracões no fim do mundo…
A Ryanair fora de Lisboa? Só perde o Turismo de Lisboa e os habitantes da zona que tinham ofertas para outras rotas.
Se Lisboa olhasse para o que está a acontecer no Porto, onde as ruas se estão a encher de turistas, os cafés e restaurantes começam a ter taxas de ocupação maiores, e há hóteis a nascer. Ninguém dúvida que muito se deve à Ryanair. Até aqui em Coimbra, e em Aveiro, se nota um claro aumento de turistas, dada a maior proximidade ao Porto.
Também perdem os lisboetas, que seriam mais bem servidos com a maior oferta de rotas. Têm a Easyjet? Sim, têm. Mas será efectivamente a Easyjet uma Low Cost?
E depois os anti-Ryanair, como os comentários acima vemos, com argumentos falaciosos, acabando estes por se tornarem mais ridículos que as jogadas da Ryanair.
Achei piada ele ter vindo num voo que tinha como destino Faro…
Até parece que em Lisboa há falta de turistas (nunca tivémos tantos turistas como este ano) e até parece que a Ryanair é mais barata que a TAP ou outras. Sim, as jogadas da Ryanair são ridículas e eles só querem sacar e na base da chantagem. Se querem operar em Lisboa, PAGAM om mesmo que as outras e ponto final. E os comentários anti-Ryanair não são falacciosos, são verdadeiros e com fundamento. O mesmo não se podes dizer dos pró-Ryanair.
E Portugal precisa de tudo menos de turistas pé descalço e de gentinha a cheirar a chulé.
“O estilo lowcostiano não significa sovinice, mas sim inteligência, iniciativa e pesquisa – um conceito que impera cada vez mais por este mundo fora.”… “O meu lema de viagem é ver o máximo possível, gastando o mínimo, mantendo os meus padrões. Não abdico de aspectos importantes como a comodidade, o conforto, a limpeza, mas também não sou do género de turista que, em férias, não olha a gastos, e que não quer outra coisa que não seja o melhor.” in Diário de Bordo – O Pulsar das minhas Viagens (http://www.bubok.pt/livros/197/Diario-de-Bordo–O-pulsar-das-minhas-viagens)
” turistas pé descalço e de gentinha a cheirar a chulé ” quer dizer, nas outras companhias que operam em Lisboa isso não acontece ?
Quem perde é Lisboa 🙂 e já agora, não concordo nada com essa afirmação, prova que a Sra Isabel nunca andou na Ryanair.
Não querer “Turistas pé descalço e gentinha a cheirar a chulé” é que é um argumento “verdadeiro e com fundamento”?!?! Santa paciência… Enquanto cliente da Ryanair devo referir que em dezenas de vôos nunca tive o mais pequeno problema. Nem atrasos, nem perdas de bagagem, fui sempre recebido por pessoas educadas e com profissionalismo. Não duvido que hajam problemas, mas esses tb existem nas companhias normais, e muitas vezes bem mais graves. Portugal, esse país próspero e a nadar em dinheiro, precisa de todo o turismo possível e imaginável. Talvez se isso acontecer, a Isabel Perestrelo não venha a precisar um dia de fazer turismo de pé descalço, e com o respectivo chulé.
Dada a situacao de Portugal, os turistas por mais que sejam, nunca serao demais!!!